DÉFICIT VISUAL

   Olá amigas (os), agradeço o carinho de todos vocês, volto com novidades no tratamento do Rafa. Como o Rafael tem uma lesão cerebral no Occipital Bilateral, não temos como saber qual grau de Visão ele tem, ou ate mesmo como recebe suas imagens. A visão é um fenômeno hermético e que inclui quatro etapas bem distintas: percepção, transformação, transmissão e interpretação.

Com exceção das perdas visuais de origem cerebral, pois, estas possuem características totalmente diferenciadas de todas as demais, o Déficit Visual Cortical é uma perda visual bilateral com respostas pupilares normais (as quais são produzidas no tronco cerebral) e sem anormalidades óbvias nos olhos (Caso do Rafinha). Ou seja, os olhos estão intactos.

A deficiência visual cortical é considerada uma alteração no cérebro, envolvendo a córtex visual em decorrência de acentuada prematuridade, ou situações críticas de sobrevivência, por isso, essas crianças apresentam, com freqüência, múltiplas deficiências e, até alguns anos atrás, essas pessoas eram consideradas cegas. Eu vou dar meu exemplo aquilo que vivencio todos os dias com o Rafa, o processo é aparentemente lento, principalmente nos primeiros estágios, mas, à medida que há amadurecimento das funções e ampliação das capacidades a evolução estará mais perceptível. A família é muito importante para o desenvolvimento das potencialidades da criança, pois, é o apoio familiar irá favorecer a concepção de uma rotina visual, reforçando atividades e condutas realizadas nos atendimentos todas podem trabalham com sua visão, com objetos, cores luzes e texturas diferentes.

Desde muito cedo entendemos que a nossa vida é um eterno processo de aprendizagem.

Podemos observar que o campo visual do Rafael, seu olhar Preferencial se encontra na parte inferior dos olhos, quando ele olha para baixo ele consegue  focar melhor os objetos, cores e luzes. Então podemos presumir que sua visão funciona só não podemos afirmar como ele recebe essa imagem.

Para ajudar o Rafa a desenvolver sua VISÃO, vamos começar a trabalhar com cores de alto contraste e não muito complexos, como os padrões de listas pretas e brancas, quadriculares pretos e brancas. A sensibilidade ao contraste aprimora-se rapidamente. O Pai do Rafa confeccionou as placas de altos contrastes nas cores pretas e brancas, e também as pintou na parede do quarto para ele usar junto com seu Estabilizador Vertical. Ficaram lindas.

Beijos ate a próxima postagem Nanda, mamãe do Rafa.